Para Marcelo Oliveira, prefeito de Mauá é antidemocrático e não aceita o contraditório
Vereador criticou o fato de Atila voltar a barrar na Casa a aprovação de proposituras de autoria da oposição
A rejeição de dois documentos apresentados pela oposição na sessão on-line desta terça-feira, 25 de agosto, evidenciou, na opinião do vereador e pré-candidato a prefeito pelo PT Marcelo Oliveira, a atitude antidemocrática do atual prefeito Atila Jacomussi. Segundo o parlamentar petista, o resultado da votação por orientação do governo expôs o fato de Atila não conseguir conviver com o contraditório.
Marcelo Oliveira se referia a duas moções de repúdio apresentadas pela oposição. Uma, de autoria do mandato petista, direcionada ao próprio prefeito por conta das demissões em plena pandemia de funcionários do Samu por perseguição política. A outra, do vereador Adelto Cachorrão, relacionada a Cleber Morais, simpatizante e defensor de Atila nas redes sociais. Há duas semanas, Cleber intimidou e impediu com agressividade panfletagem de militantes do partido UP (Unidade Popular) durante ato pacífico em frente ao Terminal Rodoviário contra o fechamento do hospital de campanha.
“O fato de não conseguirmos aprovar o repúdio a uma atitude condenável e antidemocrática, que não aceita o pensamento diferente, apenas contribuiu para demonstrar a ligação do autor desta ação com o prefeito. Agora, temos certeza disso. Infelizmente, vivemos tempos difíceis”, lamentou Marcelo Oliveira. “Alguns governantes precisam aprender a lidar com a adversidade e, principalmente, com quem pensa diferente. Isso é democracia”, ressaltou.
O pré-candidato petista a prefeito também rebateu alguns parlamentares da base aliada que ironizaram vereadores de oposição que tiveram seus requerimentos rejeitados ao dizerem que “quem não tem voto, chora”. “Na verdade, quem está chorando é a população de Mauá em razão da situação que estamos vivendo. Não a oposição, que simplesmente está fazendo o seu trabalho”, afirmou.
Não é a primeira vez que Marcelo Oliveira expõe a indignação dele neste sentido. Há dois meses, ele lamentou que pedidos de impeachment e de CPI para investigar indícios de irregularidades na construção e na gestão do hospital de campanha tenham sido rejeitados por orientação de Atila. À época, o petista criticou o que chamou de “falta de transparência do governo”.
Valores abusivos em contas de luz
Marcelo Oliveira saiu insatisfeito com as explicações fornecidas por representantes da Enel aos vereadores durante audiência pública on-line realizada também nesta terça-feira. Segundo ele, o mandato seguirá “firme na luta em defesa dos moradores e comerciantes lesados por cobranças abusivas nas contas de energia”.
Durante a audiência, Marcelo Oliveira voltou a pedir a devolução de valores pagos por munícipes que contestam a cobrança, a solicitar que a empresa reconsidere a faixa usada na leitura para elaboração das contas e a reivindicar que a energia não seja cortada de nenhum munícipe ou comerciante da cidade enquanto durar a pandemia.
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